O cantor e compositor paraibano Chico Cesar tomou posse nesta segunda-feira, 11 de maio, como Diretor Executivo da Fundação Cultural de João Pessoa (Funjope). O convite foi feito pelo prefeito Ricardo Coutinho, a solenidade de posse foi realizada no auditório do Paço Municipal.
Francisco Cesar Gonçalves, seu nome de batismo, nasceu em Catolé do Rocha, em 1964. Apaixonado por música mudou-se para João Pessoa nos anos 80, pouco depois para São Paulo, onde trabalhou como jornalista, foi revisor, copidesque, repórter e preparador de textos. Fazia pequenos shows em bares e teatros alternativos.
Durante uma viagem a Alemanha fez várias apresentações. No retorno ao Brasil, por volta de 1994, decidiu finalmente dedicar-se à música. Começa a participar de festivais e, junto com amigos, funda o 'Cuscuz Clã '. Ainda neste ano, grava o "Aos Vivos", mas é somente em 1995 que a música 'A primeira vista' começa a tocar nas rádios.
A partir desse momento estudantes começam a lotar os bares por onde tocava. O reconhecimento do talento do paraibano foi uma questão de tempo, começou a fazer shows, tem composições gravadas por personalidades consagradas da MPB; viaja o mundo. Torna-se porta-voz do sotaque da paraibanidade, afirma Chico.
“É preciso formar a compreensão das abordagens culturais a partir das comunidades”, defende.
Mesmo com esse perfil socialista ele garante que não há interesse em excluir a iniciativa privada das rodas de produção cultural, essa participação apenas acontecerá de uma maneira um pouco diferente da convencional.
“Com certeza atrair o interesse da iniciativa privada. Que parte dos lucros que são ganhos aqui retornem para a população em termos de apoio cultural e ação cultural”.
Através dessa valorização da cultura local, ele pretende fazer com que a cidade se conheça como agente cultural e reconheça o valor do que é produzido na Paraíba.
Para isso espera contar com o apoio do Governo do Estado, com quem anunciou já ter feito contato, para explorar todas as possibilidades do setor.
Durante seu discurso foi citado por Chico uma frase do Escurinho para definir o atual cenário cultural e o que pretende fazer:
“Você me diz que o problema é dinheiro, mas eu lhe digo que o que falta é coragem’, pois essa coragem encontro no coletivo da cidade que me chama e eu atendo”.
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